A indústria da construção civil é favorável à proposta de um esforço coletivo, liderado pela Prefeitura Municipal de Florianópolis, em busca da melhoria emergencial e duradoura do saneamento básico na capital. Segundo o presidente do Sinduscon, Marco Alberton, toda ação que tenha como objetivo combater a ilegalidade é bem vinda. “Está comprovado que as ligações clandestinas de esgotos às redes pluviais estão entre as causadoras dos problemas ambientais e de balneabilidade que estamos enfrentando”. Segundo ele, é preciso ampliar a rede coletora de esgoto na cidade, garantir que os imóveis façam a ligação ao sistema nos locais onde já há disponibilidade e exigir a implementação de soluções técnicas adequadas em todos os imóveis. “Não há possibilidade de uma cidade se desenvolver se este crescimento não for sustentável”.
Segundo Alberton, a indústria da construção civil formal atua na legalidade e muitas vezes tem sua imagem afetada por danos causados pelas construções clandestinas. “A construtora que atua dentro da lei não pode lançar um empreendimento sem antes atender a uma série de exigências para obtenção das licenças. Uma das obrigações é justamente comprovar que todo o esgoto gerado pelo empreendimento terá destinação adequada. Sem atender isso, nenhuma construtora consegue autorização para construir”, diz. Por outro lado, acrescenta, a realidade mostra que inúmeros imóveis construídos sem maior fiscalização estão comprometendo a natureza.
O presidente do Sinduscon Grande Florianópolis também destacou que a preocupação com o saneamento deve ser vista como uma emergência diante dos impactos que a poluição tem sobre o turismo, grande gerador de empregos e renda. “Nesta temporada, pudemos comprovar novamente que o descuido com o meio ambiente afeta a cadeia produtiva do turismo. Pessoas que viriam passar férias na Capital optaram por outros destinos após as notícias sobre a falta de balneabilidade das praias de Florianópolis”.
