Reforma Tributária aprovada na Câmara dificulta acesso à moradia, mas é possível ainda reverter no Senado

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Reforma Tributária aprovada na Câmara dificulta acesso à moradia, mas é possível ainda reverter no Senado

Presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis alerta ainda que obras públicas de infraestrutura também irão ficar mais caras

 

A Reforma Tributária aprovada na noite de quarta-feira (11), na Câmara dos Deputados, terá como resultado o aumento no custo dos imóveis, em uma escala de 15,4% (imóveis populares) até 51,7% (alto padrão, a partir de R$ 2 milhões), o que vai dificultar ainda mais o acesso à morada e também encarecer obras públicas como as de infraestrutura. A análise é do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil da Grande Florianópolis (Sinduscon) Marco Alberton.

Porém, ele acredita que ainda é possível reverter a situação na votação no Senado, que está prevista para acontecer nas próximas semanas. “Confiamos que os senadores terão consciência de todos os impactos negativos que esse aumento da carga tributária para o setor irá trazer”, diz. “Até porque a indústria da construção civil envolve uma série de setores, que também serão impactados em cadeia e, no final, quem paga a conta é o cidadão”.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) está realizando um trabalho intenso para sensibilizar os senadores, detalhando os estudos que mostram os impactos da manutenção do redutor de 40% nos tributos do setor – além dos citados acima, 30,7% de aumento nos imóveis na faixa de R$ 500 mil e 48,8% nos de R$ 1 milhão. “A Reforma Tributária deveria trazer uma redução na carga de impostos, que é uma das maiores do mundo, e não aumentar para alguns setores”, diz o presidente do Sinduscon. “A solução, no caso, seria o aumento da base de arrecadação: mais pessoas pagando, o que diminuiria a conta para todos”, defende.

Os deputados federais aprovaram na quarta-feira o regime especial para a indústria da construção civil, com um redutor de 40%. Alberton considera que isso foi um avanço, já que a proposta inicial do governo era de apenas 20%. “Com o redutor de 60%, que é nosso pleito original, haverá uma queda nos impostos de imóveis de baixa renda (6,4% para 5,3%), standart (8% para 7,33%) e compacto (8% para 7,5%). Nas faixas médio, alto e luxo, a variação é positiva, de 8% para 8,8%, no máximo. “Neste caso, é um custo passível de ser absorvido”, conclui Alberton.

 

 

 

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