Raulino Jaco Bruning disse que assunto deve ser tratado ainda em vida, para evitar aborrecimentos aos descendentes e despesas desnecessárias
Planejamento sucessório nas empresas da construção civil foi o tema da palestra proferida pelo desembargador Raulino Jaco Bruning, convidado especial da primeira assembleia geral do ano dos associados ao Sinduscon Grande Florianópolis. Em sua fala, o desembargador destacou a diversidade de formações familiares, o que tornou o processo de sucessão ainda mais complexo. “Prevenção é a chave para ter uma sucessão tranquila e evitar incômodo no futuro”, disse.
O tema é espinhoso e muitas vezes o início do processo sucessório nas empresas encontra resistência até dos fundadores. Mas o desembargador diz que vale a pena organizar tudo com antecedência. “Quando falamos de empresa, o planejamento é crucial para a longevidade e expansão da organização. Não se deve deixar o vento levar”, afirmou, dizendo que o custo de uma partilha após a morte dos fundadores é sempre mais alto.
Ele dá algumas dicas de como e quando começar:
-Convencer os fundadores sobre a importância de passar o bastão
-Criar instâncias deliberativas e de discussão (Conselho de Família, Conselho Consultivo, Conselho de Gestão, Conselho de Sócios, Conselho de Administração, Comitês Setoriais)
-Elaborar um Código de Ética ou Conduta
-Definir quem, na família, tem aptidão para integrar a empresa e suceder o dono (“na família prevalecem muitas vezes os vínculos afetivos, mas na empresa prevalece a razão”).
-A partir dos 20 anos o sucessor já pode iniciar o processo de transição