A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) prevê um crescimento mais moderado para o setor da construção civil em 2025, com uma expectativa de expansão de apenas 2,3%. Essa projeção representa uma desaceleração significativa em comparação ao crescimento de 4,1% registrado em 2024. A análise da CBIC destaca que os principais desafios enfrentados pelo setor incluem a elevada carga tributária e o alto custo da construção, que impactam diretamente a margem de lucro das empresas. Além disso, a alta nas taxas de juros dificulta o acesso ao crédito, enquanto a escassez de mão de obra qualificada continua a ser um obstáculo relevante.
Os fatores que influenciam essa expectativa incluem um cenário econômico nacional menos dinâmico, com projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em torno de 2% para 2025. A pesquisa Focus do Banco Central indica uma desaceleração na expansão econômica, passando de 3,39% em 2024 para 2% no ano seguinte. As taxas de juros elevadas não afetam diretamente as obras já contratadas, mas podem adiar investimentos privados e concessões, resultando em uma desaceleração mais acentuada na atividade da construção a partir do terceiro trimestre de 2025.
O mercado imobiliário deve continuar a apresentar resultados positivos devido ao programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV), que se mostra como um protagonista no setor. Contudo, há preocupações com a contração do crédito habitacional para as classes média e alta. A possibilidade de aumento nos custos com mão de obra e insumos também é um fator que pode pressionar o setor. A CBIC alerta que o teto de preços do MCMV deve ser monitorado em relação aos custos crescentes para garantir a continuidade dos investimentos.
Em termos de mercado de trabalho, espera-se que a atividade do setor formal da construção cresça em 2025, refletindo o ciclo de expansão observado em anos anteriores. O aquecimento do mercado imobiliário em 2024, com um volume significativo de vendas, deverá repercutir em novas obras e manter o mercado de trabalho ativo. No entanto, os adiamentos nos lançamentos podem afetar não apenas o ritmo da construção em 2025, mas também nos anos subsequentes.
Além disso, o cenário internacional traz incertezas que podem impactar os custos e preços das commodities utilizadas na construção civil. Questões como as políticas econômicas dos Estados Unidos e os conflitos geopolíticos têm potencial para influenciar negativamente os preços dos insumos.
Em resumo, as expectativas para a construção civil no Brasil em 2025 refletem um contexto desafiador, marcado por uma desaceleração no crescimento econômico e por dificuldades estruturais que precisam ser enfrentadas para garantir a sustentabilidade do setor.
Para a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a expectativa é de um crescimento mais moderado para a construção civil em 2025, com uma projeção inicial de expansão de 2,3%. Este número revela a projeção de uma desaceleração significativa no setor, uma vez que em 2024 foi registrado um crescimento de 4,1% nas atividades relacionadas à construção civil.
Atualmente os principais desafios que o setor enfrenta estão relacionados a elevada carga tributária e o alto custo da construção, fatores que impactam diretamente a margem de lucro das empresas. Além disso, o aumento das taxas de juros restringe o acesso ao crédito, enquanto a escassez de mão de obra qualificada continua sendo um obstáculo.
Fonte: https://www.terra.com.br/economia/5-expectativas-para-o-setor-de-construcao-civil-em-2025,62e5b45337deaf41c06fe79f7f495f9aruwbjts6.html?utm_source=clipboard