O Campeche consolidou-se como o principal polo imobiliário do Sul da Ilha. De acordo com levantamento da Alphaplan em parceria com o Sinduscon Grande Florianópolis, o bairro concentra 74% do estoque de imóveis novos da região, o equivalente a 349 das 470 unidades lançadas. Sozinho, o Campeche responde por 77% do Valor Geral de Vendas (VGV), movimentando mais de R$ 509 milhões.
“O Campeche é o bairro com maior valorização na região sul da Ilha, onde a gente tem o maior volume de unidades de estúdio com um valor agregado alto. É um bairro que tem uma oferta de serviços bastante grande e que se consolidou como expoente de Florianópolis e do Sul da Ilha. Lança muito, vende muito e sempre tem uma marcação de preço elevada”, afirma o diretor da Alphaplan.
O bairro também lidera em valorização: o metro quadrado médio no Campeche alcança R$ 22,1 mil, o maior do Sul da Ilha. O perfil dos empreendimentos confirma a mudança no mercado local, com destaque para os studios, que já representam 30% do estoque, a maioria com metragem de até 45 m². Essas unidades compactas têm atraído principalmente jovens.
Segundo o diretor da Alphaplan, essa dinâmica contrasta com os demais bairros da região: “Nos bairros como Ribeirão da Ilha e Rio Tavares, há uma dificuldade maior de encontrar áreas regulares e aptas ao desenvolvimento imobiliário. Além disso, muitos desses locais têm um perfil mais econômico, sem um público de alto padrão como o do Campeche, o que resulta em uma baixa oferta de imóveis”.
Apesar da liderança do Campeche, outros bairros também movimentam o setor. O Morro das Pedras concentra 19% do estoque, com 87 unidades e preço médio de R$ 15,6 mil/m². Já o Ribeirão da Ilha preserva sua vocação cultural e histórica, reunindo apenas 34 unidades (7% do total), mas com valores médios de R$ 11,2 mil/m², quase a metade do praticado no Campeche.
Outro fator destacado pelo executivo é o impacto das regras urbanísticas. “O Plano Diretor auxiliou muito o desenvolvimento imobiliário no Sul da Ilha, especialmente no Campeche. O aumento de altura permitido em novos projetos possibilitou que empreendimentos fossem reaprovados e ganhassem pavimentos adicionais, fortalecendo ainda mais a posição do bairro”, ressalta.
O estudo ainda analisou outros bairros do Sul, como Armação, Pântano do Sul, Tapera, Carianos, Rio Tavares e Costeira do Pirajubaé. Embora não concentrem empreendimentos relevantes neste momento, essas áreas reforçam o potencial da região, que abriga cerca de 76 mil habitantes distribuídos em quase 38 mil domicílios.