Após quedas e duas manutenções consecutivas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou nesta quarta-feira (18), a taxa Selic de 10,50% para 10,75% ao ano. Esta elevação – a primeira registrada desde agosto de 2022 – aconteceu após a economia brasileira surpreender positivamente e crescer 1,4% no 2º trimestre de 2024 em relação aos primeiros três meses do ano, conforme os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção lamentou a elevação da taxa Selic. A entidade avalia que a decisão da autoridade monetária deve criar obstáculos novos ao investimento em infraestrutura, assim como reduzirá o volume de depósitos na caderneta de poupança. “Isso prejudica o financiamento de imóveis pelo SBPE , bem como compromete a renda do trabalhador” dificultando a aquisição de imóveis, comenta Renato Correia, presidente da entidade, destacando que a construção é fator essencial na formação de capital fixo no país. “É preocupante. O desafio é desenvolver o Brasil sem as condições necessárias para o investimento acontecer”.
A CBIC publicou há pouco um Informativo Econômico sobre o aumento da taxa, assinado por sua economista Ieda Vasconcelos.
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A taxa Selic tem esse nome pois se refere a Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, que em que se efetua a custódia e se registram as transações com a maioria dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional.