Setor de Economia do Sinduscon faz um balanço do ano de 2021 e analisa as perspectivas para 2022

  1. Início
  2. Diretoria
  3. Setor de Economia do Sinduscon faz um balanço do ano de 2021 e analisa as perspectivas para 2022

Setor de Economia do Sinduscon faz um balanço do ano de 2021 e analisa as perspectivas para 2022

A economia ainda não se recuperou completamente dos impactos gerados pela pandemia da Covid-19. O setor da construção civil, em especial, foi afetado de diversas formas durante este período. Apena para exemplificar, podemos citar a escassez e consequente elevação dos valores de matérias
primas.
Mesmo assim, o setor de construção civil superou expectativas e deve fechar 2021 com o maior crescimento desde 2013. Para 2022, espera-se um crescimento baseado no que já está contratado e incremento de investimento em infraestrutura. Além disso, o ano deve ser marcado pela elevação nos preços finais dos imóveis e maior taxa de juros, que afeta diretamente a demanda de crédito.

PIB

O PIB (Produto Interno Bruto), indicador que soma todos os bens e serviços produzidos no país, a expectativa dos analistas é que o ano de 2022 seja de estagnação, com desempenho próximo de zero. Esse fato se deve, principalmente, ao fraco desempenho do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego caindo mais devagar e a geração de vagas formais mais fraca.
Já o PIB da construção civil, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), deve apresentar um crescimento de 2% em 2022. O mesmo, será sustentado pelo que já está contratado e, especialmente, pelo incremento de investimento em infraestrutura. Essa previsão está baseada em uma projeção de crescimento do PIB de 0,5% a 1% e de Selic a 11,5% ao final de 2022. Além disso, o mercado imobiliário deve registrar elevação nos preços finais nos próximos meses. Isso ocorre devido à alta de custos, índices que medem a inflação do setor, como o CUB/m² e o INCC, apresentaram uma elevação considerável durante o período da pandemia.

Taxa de Juros

Após subir a Selic em 1,50 ponto porcentual, de 7,75% para 9,25% ao ano, o Copom indicou, no comunicado, mais um aumento da mesma magnitude em fevereiro, o que levaria a taxa a 10,75%. Contudo se espera que ele valor retroceda ao longo de 2022.

Emprego

O ano de 2021 foi de recuperação para o mercado de trabalho. A taxa de desemprego, que começou o ano em 14,5%, chegou a outubro em 12,1%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para 2022, a expectativa é de que até o primeiro trimestre de 2022, a taxa de desemprego deva se aproximar dos valores pré-pandemia, cerca de 11%. A partir daí essa recuperação deve perder ritmo, devido ao atraso entre a atividade econômica e o mercado de trabalho. Sendo assim, a renda do trabalho deve continuar bem baixa, sofrendo com os efeitos da inflação. A recuperação modesta do emprego, que deve ocorrer em 2022, tende a ser puxada pelos trabalhadores informais e por conta própria.

Crédito

A concessão de crédito deve bater seu recorde em 2021, com a valorização da casa própria como nunca se viu durante a pandemia. Os empréstimos para aquisição e construção de imóveis com dinheiro da poupança disparam 79,6% comprando dados de 2021, com o mesmo período do ano anterior, conforme a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Para 2022 espera-se uma retração do credito, devido ao aumento dos custos de empréstimos gerados pela elevação da taxa de juros.

Inflação

No ano de 2022 a inflação tende a perder um pouco de força. Considerando o resultado da safra recorde de alimentos, redução de preço dos combustíveis e diminuição da demanda, causada pela forte alta dos juros e da atividade
fraca.
Contudo, dado que a nossa economia ainda é muito indexada, ou seja, os preços são reajustados de acordo com a inflação do período anterior, boa parte da inflação de 2022 ainda deve ser influenciada pela inflação de 2021. Além disso o período eleitoral merece atenção, levando os preços de forma sazonal.

Desafios

O ano de 2022 tem desafios relacionados aos valores dos insumos, mão de obra e aumento da taxa de juros.
Insumos: As crises de abastecimento por conta da Covid-19 ainda prometem afetar o setor por mais que a recuperação esteja à vista. A falta e/ou o alto custo da matéria-prima continua sendo o principal problema enfrentado pelos empresários da construção. Ocorreu por vários motivos: 1- Aumento do valor do dólar; 2- novo ciclo de comodities, com aumentos globais; 3- rodução interna abaixo da capacidade produtiva.
Mão de obra: O setor de construção civil está projetado para crescer bastante ao longo de 2022, isso significa, que o número de obras e projetos realizados no Brasil deve ser crescente e que o mercado mais do que nunca estará em busca de mão de obra. Aumentando, também, o interesse das construtoras por empresas de terceirização e afins. A problemática será atrair trabalhadores que saíram da construção civil e foram para outros setores.
Aumento Taxa de Juros: Os financiamentos foram beneficiados com os juros baixos de 2020 até o início de 2021. Contudo o cenário passará a enfrentar maiores desafios com o crescimento da taxa de juros.

CENTRAL DO ASSOCIADO

WhatsApp: (48) 99116-0084

WhatsApp CUB: (48) 99135-2695

Av. Prefeito Osmar Cunha, 416, sala 408, Centro, Florianópolis

Horário de atendimento: Segunda a sexta das 9h às 12h e das 13h30 às 18h.

Compartilhe este post

Menu